Para melhorar suas contas, empresa paulista recorreu à venda de ativos e à demissões

A Dedini Indústrias de Base, tradicional fornecedora de máquinas e equipamentos para o segmento sucroalcooleiro, saiu da recuperação judicial, seis anos após ter apresentado o pedido.

A decisão foi aprovada ontem pelo juiz da causa, Marcos Douglas Veloso Balbino da Silva, da 2a Vara Cível do Foro de Piracicaba, em São Paulo.

O encerramento da recuperação foi solicitado pelo administrador judicial, a Deloitte, já que o processo superou os dois anos regulamentares e a Dedini já havia quitado grande parte das dívidas trabalhistas. O plano de pagamento dos credores foi aprovado e homologado em 2017.

Quando entrou em recuperação, em 2015, a Dedini acumulava dívidas que somavam R$ 1,8 bilhão. Seus principais credores eram Bradesco e GE. Para reestruturar sua situação financeira, a Dedini recorreu à venda de ativos como imóveis e à demissões.

“É um caso grande, extremamente complexo, com várias nuances, que envolvia venda de ativos. [O prazo de encerramento da recuperação] está numa média razoável”, disse Julio Mandel, advogado da Dedini na recuperação.

Fonte: Valor